sexta-feira, 26 de julho de 2013

Brasil desenvolve alimentos biofortificados

Embrapa quer combater doenças causadas pela desnutrição com raízes e grãos mais nutritivos

Até 2023, oito alimentos biofortificados estarão presentes na dieta dos brasileiros. O BioFORT, projeto-piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tem parceria com 1.860 famílias de pequenos agricultores, em 15 municípios do País. O processo consiste no cruzamento de plantas da mesma espécie mais ricas em nutrientes, a partir de intervenções agrícolas e laboratoriais. O resultado é uma semente de alto rendimento e com maior valor nutricional.
Pequenos agricultores recebem capacitação em Carira, no estado de Sergipe. Foto: BioFORT/Embrapa
Pequenos agricultores recebem capacitação em Carira, Sergipe.
Foto: BioFORT/Embrapa
Criado em 2009, o programa visa combater a anemia, a cegueira, o desenvolvimento atrasado de crianças e outros problemas causados pela subnutrição, que atinge, principalmente, a população de baixa renda. A coordenadora do projeto, Marília Nutti, afirma que o foco é melhorar os níveis de ferro, zinco e pró-vitamina A. “Estes são os nutrientes mais carentes não apenas no Brasil, mas no resto da América Latina e do mundo. É, também, a causa do que chamamos de fome oculta”, diz. “O ferro é essencial. Metade das crianças brasileiras sofre, em algum grau, com a deficiência de ferro.”
Abóbora, arroz, batata doce, caupi (feijão-fradinho), feijão, mandioca, milho e trigo foram os primeiros alimentos a passarem pela biofortificação, por representarem a base da dieta do brasileiro. No futuro, a Embrapa deve expandir o cardápio e incluir comidas prontas e industrializadas, como pão, macarrão, canjica e mingau. Além disso, os pesquisadores buscam embalagens capazes de melhor preservar os nutrientes.
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