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A Prefeitura de São
Paulo foi o primeiro órgão público a realizar um leilão de créditos de
carbono no Brasil. O
lote de 808.450 créditos do Município foi arrematado em setembro de 2007 pelo
Fortis Bank NV/SA, da Holanda, que pagou 34,05 milhões de reais (16,20 euros
por tonelada de carbono) na Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F).
O valor representou um ágio de 27,5% sobre o preço mínimo de 12,70 euros, que
havia sido fixado pela Prefeitura. Nove empresas ofertaram lances no leilão,
feito via internet.
O leilão se insere no
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) instituído pelo Protocolo de
Kyoto, por meio do qual os países desenvolvidos podem adquirir créditos
de carbono gerados por países em desenvolvimento, financiando, assim, as metas
globais.
Os créditos de carbono
são resultado das 808 450 toneladas de dióxido de carbono que deixaram de
ser lançados na atmosfera pelo Aterro Sanitário Bandeirantes, localizado em
Perus, correspondente ao período de dezembro de 2003 a dezembro de 2006.
De acordo com
determinação do prefeito, os recursos arrecadados no leilão serão revertidos em
investimentos nas regiões de Perus e Pirituba, vizinhos do Bandeirantes. Em 2008,
tiveram início as obras de três praças em Perus, as primeiras executadas com
recursos de venda de créditos de carbono no País.
Quatorze empresas se
credenciaram para o leilão, depositando, cada uma, um milhão de euros como
garantia para a participação. Nove delas ofereceram
lance: Fortis Bank NV/AS, Merrill Lynch Commodities (Europe) Limited, ABN AMRO
Bank NV, Ixis Corporate & Investment Bank, Ecosecurities Capital Ltd.,
Kredintanstalt Für Wiederaufbau, Electrabel S A, Goldman Sachs International, e
Morgan Stanley & Co International PLC.
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