quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

IBGE - Indústria Cresce, Natureza sofre,

(Algumas) Notícias em destaque, artigo de Maurício Gomide Martins

Publicado em janeiro 26, 2011
a)Informe do IBGE diz que a indústria brasileira cresceu em 2007 e destaca o Estado de Minas Gerais como o que mais cresceu (8,6%). Em nome da Natureza, apresentamos a esse Estado os nossos pêsames. Os responsáveis por essa tragédia se vangloriam porque não querem ou são incapazes de ouvir os gemidos do planeta. E as empresas do sistema econômico, além de crescerem, alardeiam que respeitam o meio ambiente. Hipócritas! Ora, a indústria por si não cresce; seu crescimento é conseqüência do que tem duas causas diretas: o aumento populacional nominal e o potencial. As causas indiretas são várias: aumento artificial do poder aquisitivo (produto do roubo de recursos da Terra); saque sobre o futuro (vendas a crédito); desperdício (aquisição de bens supérfluos, provocada pela ausência de necessidade efetiva); satisfação ao paroxismo da vaidade, resultado da propaganda maciça que cria novos desejos; e o não uso das faculdades mentais.
b)Diversas manifestações ambientais inconseqüentes em veículos de informação, tais como: orientação ecológica equivocada apregoada pelas autoridades (por comodismo político, insensibilidade ou incompetência); ações de grandes empresas (por artimanha ou estratégia mercadológica); e conselhos de diversos abnegados ambientalistas ingênuos (bem intencionados, mas infantis na visão da vida) dizendo que a solução ambiental depende das ações individuais de cada um. Nesse diapasão, recomendam sempre as mesmas ações: poupar água ao tomar banho; não lavar desnecessariamente um copo; não lavar o passeio da casa; poupar energia elétrica no chuveiro e ferro elétrico, desligando-os quando não necessário; apagar as lâmpadas ao sair de um cômodo; consumir menos os produtos supérfluos; usar menos o automóvel; usar o verso do papel para rascunhos; viajar de férias para lugares mais perto de casa; e outras enganações da mesma espécie. Não há necessidade de comentar as primeiras citações. Voltamos nossa atenção apenas aos inocentes ambientalistas verdes (no sentido de não maduros). Estes não estão enxergando o verdadeiro tamanho do gigante. Nem é gigante; é gigantão. Melhor dizendo, nem é gigantão; é um enorme supergigantão. (não é pleonasmo; é desespero de expressão ou expressão de desespero). Querem ver o que pregam? Vamos dizer que uma onda oceânica de 200 metros se dirige ao continente. Solução? Cada um retirará água do oceano com uma colher de sopa. Ou coisa semelhante.
c) Temos visto e ouvido nesses dias notícias da realidade mundial de que os alimentos básicos estão com preços elevados. Naturalmente, pela sua escassez. Em diversos paises mais pobres a população não está tendo capacidade monetária para adquiri-los. Paralelamente, ante a elevação do preço do petróleo, os governos nacionais estão investindo na produção do biocombustível. A mentalidade dominante da atual civilização troca comida (não a dele, claro) pelo combustível. Dá mais lucro, ora, ora. Como o mundo não tem um governo para geri-lo, a conseqüência paradoxal está ai: “fico sem comer, mas estou feliz andando de automóvel.”
Maurício Gomide Martins, 82 anos, ambientalista, residente em Belo Horizonte(MG), depois de aposentado como auditor do Banco do Brasil, já escreveu três livros. Um de crônicas chamado “Crônicas Ezkizitaz”, onde perfila questões diversas sob uma óptica filosófica. O outro, intitulado “Nas Pegadas da Vida”, é um ensaio que constrói uma conjectura sobre a identidade da Vida. E o último, chamado “Agora ou Nunca Mais”, sob o gênero “romance de tese”, onde aborda a questão ambiental sob uma visão extremamente real e indica o único caminho a seguir para a salvação da humanidade.

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